Por Judiclay S Santos
AMARGURA:
UMA DOENÇA DA ALMA!
A amargura é uma doença na alma. O amargurado é o tipo
de pessoa cujo coração não bombeia sangue, mas veneno. Tudo que ela faz ou fala
é contaminado pelo vírus da infelicidade e do descontentamento. Suas memórias
são amargas e desagradáveis. Suas emoções falidas e sem vida. Seus olhos... uma
vitrine da tristeza em seu mais elevado grau. Sua língua é uma máquina de
matar. Ninguém presta. Tudo é ruim. Nada é bom.
A presença de uma pessoa amargura contamina o ambiente
e o torna tão sombrio que até os pássaros deixam de cantar. As plantam murcham
e sonegam o seu perfume. Assombradas, as crianças se afastam de tais pessoas
como se fossem monstros vestidos de gente. A amargura é a morte lenta de uma
pessoa que não vive, mas apenas sobrevive em um estado de deplorável miséria
existencial.
O que me impressiona é que existem muitas pessoas
assim. Gente de mal com a vida. Pessoas que há muito tempo não tem o prazer de
sorrir e se alegrar. Gente que perdeu a capacidade de admirar, de elogiar, de
se encantar, de amar... O por do sol, o brilho das estrelas, o sorriso de um
bebê... nada mais o encanta. Tudo o
irrita, até mesmo o canto dos pássaros e o brilho da lua. Na angústia do seu
travesseiro, toda noite é um pesadelo, uma tristeza mórbida.
Tenho encontrado pessoas amarguradas nos mais variados
lugares, nas mais distintas classes sociais e econômicas. Vejo essa amargura no
semblante de médicos, que embora sejam capazes de tratar a doença de outros,
vivem emocionalmente enfermos e espiritualmente falidos. No supermercado, vejo
moças cujo olhar comunica a morte do ser e falência dos sonhos.
Gente cujo corpo está ali, mas a alma já está em estado
de putrefação. São pessoas azedas, de linguagem cáustica e vida infeliz.
Algumas são assim por conta de experiências traumáticas, cujas marcas são tão
profundas que fazem a alma sangrar. Mulheres mal amadas, meninas violentadas,
filhos rejeitados, rapazes desprezados, homens fracassados, esposas traídas,
maridos abandonados. Por todo lado vemos miséria, desolação, decepção, frustração,
abandono e pecado.
Quando o coração é ferido, mutilado em mil pedaços, a
tendência humana, é juntar a sobra, escondê-lo e torná-lo inacessível. Cria-se
uma blindagem emocional tornando o coração refratário ao amor. Quando isso
acontece a morte é apenas uma formalidade, pois a vida já não existe.
Se você está vivendo no submundo da amargura,
escravizado pelo rancor, dominado pela tristeza, subjugado pelo desespero e
refém da desesperança, quero lhe encorajar a falar com Deus: “Senhor, cura a
minha alma; faz de mim uma nova pessoa”. Medite na Palavra de Deus, que diz:
“Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de
alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”. Salmo 16.11
2 comentários:
Gostei muito do seu texto. Muito bom. Todos precisamos ouvir mais sobre a amargura, porque muitas vezes, o sorriso no rosto é só pra disfarçar a amargura! Deus te abençoe!
Rev. Gerson, obrigado por suas palavras de encorajamento. Deus o abençoe também.
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