sexta-feira, 17 de agosto de 2012

AS TRÊS PENEIRAS DE PAULO


AS PENEIRAS DE PAULO

Sócrates, o pai da filosofia, costumava falar sobre a necessidade de passarmos tudo que ouvimos por três peneiras. Ele estabeleceu como critério o que mais tarde passou a ser chamado de As Peneiras de Sócrates. Quando alguém chegava para contar-lhe alguma coisa ele perguntava: você já passou o que esta me contando pelas três peneiras? Então, o filósofo fazia três criteriosas perguntas.


A primeira peneira: É verdade o que você está falando? Se a pessoa titubeasse, dizendo: “Eu escutei falar que é verdade.” Sócrates prontamente dizia: “Bom se você escutou falar, você não tem certeza”. A segunda peneira: Você já falou para pessoa envolvida o que está me falando? Se você se importa tanto, a primeira pessoa que deve saber é a pessoa diretamente envolvida. A terceira peneira: O que você vai me contar vai ajudar essa pessoa? Vai ser boa, vai ser útil, vai beneficiar, vai ajudar alguma coisa? Se a pessoa não pudesse responder positivamente ao crivo dessas três perguntas, Sócrates então dizia: Não precisa nem contar; não quero saber.


A Palavra de Deus nos exorta a tomar muito cuidado com o uso da língua. Como cristãos devemos submeter nossa vida ao senhorio de Cristo, inclusive a nossa língua. As Escrituras nos orientam a passar nossas palavras no que iremos chamar de As três Peneiras de Paulo. 


A PENEIRA DA VERDADE.
Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Ef 4.25

A PENEIRA DO AMOR.
Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Ef 4.15

A PENEIRA DA GRAÇA.
Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe; e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. Ef 4.29


A santificação no falar é uma bênção, pois evita que pequemos contra o Senhor e contra o nosso próximo. Peçamos a Deus toda sabedoria necessária para que possamos abençoar vidas e glorifica-lo por meio do que falamos. Nós todos deveríamos orar como o salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca. Vigia a porta dos meus lábios”.  Sl 141.3 “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Sl 19.14

Judiclay S Santos

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

AMARGURA: UMA DOENÇA DA ALMA!


Por Judiclay S Santos

AMARGURA: UMA DOENÇA DA ALMA!

A amargura é uma doença na alma. O amargurado é o tipo de pessoa cujo coração não bombeia sangue, mas veneno. Tudo que ela faz ou fala é contaminado pelo vírus da infelicidade e do descontentamento. Suas memórias são amargas e desagradáveis. Suas emoções falidas e sem vida. Seus olhos... uma vitrine da tristeza em seu mais elevado grau. Sua língua é uma máquina de matar. Ninguém presta. Tudo é ruim. Nada é bom. 

A presença de uma pessoa amargura contamina o ambiente e o torna tão sombrio que até os pássaros deixam de cantar. As plantam murcham e sonegam o seu perfume. Assombradas, as crianças se afastam de tais pessoas como se fossem monstros vestidos de gente. A amargura é a morte lenta de uma pessoa que não vive, mas apenas sobrevive em um estado de deplorável miséria existencial.

O que me impressiona é que existem muitas pessoas assim. Gente de mal com a vida. Pessoas que há muito tempo não tem o prazer de sorrir e se alegrar. Gente que perdeu a capacidade de admirar, de elogiar, de se encantar, de amar... O por do sol, o brilho das estrelas, o sorriso de um bebê... nada mais o encanta. Tudo  o irrita, até mesmo o canto dos pássaros e o brilho da lua. Na angústia do seu travesseiro, toda noite é um pesadelo, uma tristeza mórbida. 

Tenho encontrado pessoas amarguradas nos mais variados lugares, nas mais distintas classes sociais e econômicas. Vejo essa amargura no semblante de médicos, que embora sejam capazes de tratar a doença de outros, vivem emocionalmente enfermos e espiritualmente falidos. No supermercado, vejo moças cujo olhar comunica a morte do ser e falência dos sonhos. 

Gente cujo corpo está ali, mas a alma já está em estado de putrefação. São pessoas azedas, de linguagem cáustica e vida infeliz. Algumas são assim por conta de experiências traumáticas, cujas marcas são tão profundas que fazem a alma sangrar. Mulheres mal amadas, meninas violentadas, filhos rejeitados, rapazes desprezados, homens fracassados, esposas traídas, maridos abandonados. Por todo lado vemos miséria, desolação, decepção, frustração, abandono e pecado. 

Quando o coração é ferido, mutilado em mil pedaços, a tendência humana, é juntar a sobra, escondê-lo e torná-lo inacessível. Cria-se uma blindagem emocional tornando o coração refratário ao amor. Quando isso acontece a morte é apenas uma formalidade, pois a vida já não existe.

Se você está vivendo no submundo da amargura, escravizado pelo rancor, dominado pela tristeza, subjugado pelo desespero e refém da desesperança, quero lhe encorajar a falar com Deus: “Senhor, cura a minha alma; faz de mim uma nova pessoa”. Medite na Palavra de Deus, que diz: “Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente”. Salmo 16.11