sexta-feira, 27 de abril de 2012

A PRÁTICA DA CONFISSÃO: A HIGIENE DA ALMA


A PRÁTICA DA CONFISSÃO: A HIGIENE DA ALMA

Uma das mais urgentes necessidades da igreja contemporânea é redimir palavras bíblicas e expressões teológicas. Confissão é uma delas. Embora seja uma palavra essencial no exercício da vida cristã, um meio de graça por meio do qual mantemos a higiene da alma, muitos cristãos ignoram seu significado ou negligenciam sua prática.


Aprecio a definição de confissão, elaborada pelo pastor Elben M. Lens Cesar, que diz: “A pratica da confissão é a arte de nos apresentarmos constantemente diante de Deus para nos declararmos culpados de pecados pessoais e específicos, depois de suficientemente alertados e repreendidos pela boa consciência, pela Palavra de Deus e pelo Espírito, com o propósito de obter perdão e purificação, mediante a obra vicária de Jesus Cristo”.


O texto bíblico que mais encoraja a prática da confissão é este: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9) Essa passagem deve ser bem compreendida, memorizada e apropriada. Algumas pessoas tem dificuldade de confessar. Não sabem exatamente o que confessar diante de Deus. Porque a confissão deve ser consciente e precisa, segue aqui algumas orientações:


Confesse o pecado cometido. Deus exige que você confesse “aquilo em que pecou” (Lv 5.5). Cite o pecado pelo nome certo. Talvez seja a inveja, a maledicência, a dificuldade de perdoar, a ira, a avareza, a falta de amor, a apropriação indébita, a lascívia, a soberba, o egoísmo, o mau trato dispensado ao cônjuge e muitas outras coisas. Declare sua falha, desobediência e culpa.


Confesse seus pecados ocultos. Há pecados tão corriqueiros, costumeiros e generalizados que não são de imediato e fácil discernimento. Mesmo assim devem ser confessados, a exemplo de Davi: “Quem sou eu para saber os pecados que se escondem em meu interior? Por favor, Senhor, perdoa estes meus pecados ocultos!” (Salmo 19.12). Junto com essa confissão você deve fazer esta súplica: “Sondá-me, ó Deus, e conhece o meu coração: prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139.23-24).


O evangelho é a boa notícia de que o sangue de Jesus Cristo é suficiente para cancelar os pecados e purificar o coração dos pecados arrependidos.
                                                                          Judiclay S. Santos


quarta-feira, 18 de abril de 2012

TERMÔMETRO OU TERMOSTATO: QUE TIPO DE CRENTE VOCÊ É?



TERMÔMETRO OU TERMOSTATO: QUE TIPO DE CRENTE VOCÊ É?



                O termômetro é um instrumento inventado por Galileu no século 16. Trata-se de um aparelho que registra a temperatura, mas não pode alterá-la. O termômetro não tem poder de mudar o ambiente, muito pelo contrário, é afetado por ele. Está sempre subindo ou descendo de acordo com a temperatura. Mas o termostato, usado em aparelhos de ar condicionado e aquecedores, é um instrumento que tem a extraordinária capacidade de regular a temperatura ambiente impedindo-a de sofrer variação.
 
No que tange a vida cristã, somos termômetro ou termostato. Se você é termômetro, viverá sempre em altos e baixos espirituais, de acordo com as situações, ao sabor das circunstâncias. Mas o crente do tipo termostato, não vive de acordo com a inconstância das circunstâncias, mas, apesar delas, e acima delas. 

O apóstolo Paulo era um crente do tipo termostato. Isso fica evidente quando ele mesmo diz: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação”. Filipenses 4.11 Ao fazer essa extraordinária declaração Paulo não está assumindo a postura dos estóicos que aspiravam a auto-suficiência. Para o estóico a eliminação de todo desejo e emoção era uma conquista humana que lhe permitia viver acima das circunstâncias. Todavia, não é isso que Paulo pretende. Ao tomar emprestada a palavra contente (autarkes), ele a transformou em algo totalmente diferente do homem auto-suficiente dos estóicos. O contentamento de Paulo mesmo em meio a circunstâncias terrivelmente desfavoráveis era um dom de Deus e não uma conquista humana. A capacidade de ser termostato é uma graça de Deus para todos quantos desfrutam da suficiência que há em Cristo. 

Paulo era tão humano quanto nós. Homem de carne e osso que viveu situações difíceis, entretanto não se comportou como um termômetro. Seu contentamento incondicional era uma evidência de que em Jesus Cristo há força “termostática”, razão pela qual ele podia dizer: “tudo posso naquele que me fortalece”. Que tipo de crente você é, termômetro ou termostato? 


Judiclay Silva Santos

PALAVRAS CHAVES NA TEOLOGIA DA SALVAÇÃO



PALAVRAS CHAVES NA TEOLOGIA DA SALVAÇÃO

Creio que redimir palavras bíblicas e expressões teológicas é algo essencial à vida cristã. Há três palavras chaves na teologia da salvação que devemos conhecer e assimilar. Elas apontam para a verdade de que a nossa salvação em Cristo é um fato, um processo e uma expectativa. Ela é passada, presente e futura. 


JUSTIFICAÇÃO! Nós já fomos salvos. Um fato.
A justificação é algo que Deus fez por nós e não em nós. Quando cremos em Cristo, somos imediatamente justificados junto ao trono de Deus. Nossa dívida é paga, nossa culpa é cancelada, nossos pecados são cobertos e somos declarados justos, mediante a obediência perfeita de Cristo e sua morte substitutiva. A justificação é um ato forense, legal e judicial. Ela acontece uma única vez. Somos justificados com base na obra expiatória de Cristo. Jesus pagou a nossa dívida como nosso fiador e morreu por nós e em nosso lugar, como o nosso representante. Agora já não há mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus.

SANTIFICAÇÃO. Nós estamos sendo salvos. Um processo.
A santificação é um processo que se inicia na conversão e só é concluída na glorificação. Fomos libertos da condenação do pecado estamos sendo libertos do poder do pecado e seremos libertos da presença do pecado. A cada dia devemos mortificar o velho homem e nos renovarmos do novo homem. Nesse processo, devemos nos sujeitar a Deus, resistir o diabo, fugir do pecado e sermos inconformados com o mundo.


GLORIFICAÇÃO! Nós seremos salvos. Uma expectativa.
A glorificação é a consumação final da nossa redenção. Quando Cristo vier em sua glória e majestade, seremos libertos da presença do pecado. Teremos um corpo semelhante ao corpo da sua glória. De acordo com 1 Co 15 nós seremos revestidos de incorruptibilidade e de imortalidade. Estaremos para sempre livres da presença do pecado e a morte será destruída definitivamente.


Todos os três tempos estão resumidos em 2 Cor 1.10 “Que nos livrou (passado) de uma tão grande morte e livra ainda (presente); em Quem confiamos que ainda nos livrará (futuro)”.


Pr. Judiclay Silva Santos

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A ORAÇÃO DE UMA PROSTITUTA!


Caros amigos gostaria de compartilhar o impactante testemunho de uma mulher chamada Hilda, uma prostituta costarriquenha, alcançada pela graça salvadora. Espero que a leitura desse artigo o abençoe.


“Minha família da Costa Rica não tinha dinheiro, e assim quando eu tinha quatro anos de idade minha mãe me vendeu e me tornei escrava sexual. Os homens pagam muito dinheiro para satisfazer sua vontade com crianças. Então, enquanto outras crianças de minha idade iam para a escola, eu trabalhava num prostíbulo. Tudo o que eu ganhava passava para minha mãe. A vida inteira, senti-me feia e suja. Tinha vergonha. Aprendi muito cedo a beber e a usar cocaína como forma de me entorpecer diante da dor.


Na adolescência, tive dois filhos. Minha mãe tirou-os de mim, dizendo que uma pessoa suja como eu não podia criar filhos. A partir de então, passei a trabalhar mais duro a fim de ganhar dinheiro para poder criá-los. Era a única maneira de mostrar meu amor por eles.


Os cafetões começaram a exigir cada vez mais de nós, prostitutas. Às vezes, eu trabalhava dois turnos, recebendo uma centena de homens por dia. Eles faziam fila do lado de fora da porta, e eu tinha apenas dez minutos para cada um.


Certo dia, um freguês ficou furioso por eu me recusar a fazer o que ele pedia. O homem puxou uma faca para mim e bateu-me com um taco de basebol, rachando-me a cabeça. Fui levada para o hospital e lá fiquei, deitada, planejando meu suicídio. Talvez se eu arrancasse todos os tubos que me puseram...


Finalmente cai de joelhos junto ao leito e supliquei a Deus. Eu queria achar um jeito de fugir da prostituição, tornar-me uma verdadeira mãe para os meus filhos. E Deus respondeu aquela oração com um milagre.


Ele me deu uma visão. Na verdade, vi as seguintes palavras: “Procure a fundação Raabe”. Eu mal sabia ler e não conhecia a palavra Raabe. Não é uma palavra espanhola. Mas uma das enfermeiras me ajudou a encontrar um número de telefone, e liguei.


O telefone tocava, tocava, e eu orava: “Senhor, se realmente existes, faze que alguém responda a este telefonema”. Finalmente, atendeu uma mulher chamada Mariliana. Acontece que ela era a diretora da fundação Raabe, que naquele dia estava fechada, mas ela passara por lá para apanhar alguns documentos.


“Preciso de ajuda”, disse eu a Mariliana. “Estou morrendo. Não aguento mais!” Ela me disse que Deus me amava e não me deixaria sozinha. Ela me ajudaria a fugir da prostituição e a começar uma nova vida.


Alguns dias mais tarde, ela levou-me para a sua casa – eu ainda estava machucada e enfaixada, recém-saída do hospital. Recebeu-me com grande abraço e disse: “Aqui você esta segura, Hilda”. Disse-me que a fundação Raabe recebeu oi nome de uma prostituta bíblica que se tornou heroína.


Era incrível a esperança refletida no rosto de Mariliana. Parecia um sonho. Ela me deu cama limpa, com flores no quarto e me garantiu que homem algum, me molestaria. Apresentou-me a outras mulheres que haviam deixado à prostituição. Ensinou-me a ser uma verdadeira mãe, e agora estou aprendendo uma profissão. Pretendo viver para glória de Deus”.


segunda-feira, 2 de abril de 2012

CONFISSÕES DE SANTO AGOSTINHO


Judiclay S Santos

Agostinho é um dos maiores e mais influentes teólogos do cristianismo. Gosto de ler seus livros porque eles alcançam não apenas a mente, mas também o coração do leitor. Relendo Confissões, obra monumental e clássico da literatura universal, fui tocado mais uma vez por sua piedade e devoção. Longe daquela espiritualidade espúria e superficial, tão comum entre os rasos e falsos, Agostinho ergue-se, involuntariamente, como um exemplo do que significa orar de verdade e em verdade.

O Doutor da Graça, como ficou conhecido, é sincero e também verdadeiro. Abre o coração e se dirige ao Eterno sem o abominável e resistente senso de justiça própria presente em nosso enganoso coração. Sem o uso de máscaras, ele se desnuda diante de Deus e suplica por graça e misericórdia, palavras doces para os que reconhecem o azedume pecaminoso da alma humana.

Compartilho com vocês, queridos irmãos e irmãs, uma de suas preciosas orações. Embora cada oração tenha sua própria pessoalidade e particularidade, serve de instrumento pedagógico e é muito útil para o crescimento espiritual dos crentes em Cristo.

"Minha alma é morada muito estreita para te receber: será alargada por ti, Senhor. Está em ruínas: restaura-a! Tem coisas que ofendem aos teus olhos: eu o sei e confesso. Mas quem pode purificá-la? A que, senão a ti, eu clamarei: Purifica-me, Senhor, dos pecados ocultos, e perdoa a teu servo as culpas alheias? Creio, e por isso falo, Senhor: tu o sabes. Não te confessarei “contra as minhas faltas, meu Deus, e não perdoaste a maldade do meu coração? Não discuto contigo, que és a verdade, e não quero enganar a mim mesmo, para que a minha iniqüidade não minta a si mesma. Não discuto contigo porque, “se te lembrares de nossos pecados, Senhor, quem suportará teu olhar?"

A vida de Agostinho testemunha que um homem piedoso não é aquele que se julga perfeito, mas é aquele que ao contemplar a majestade do Rei dos reis, a soberania do Senhor dos senhores e a santidade do Santíssimo, reconhece que é miserável, pobre, culpado e indesculpável. Somos todos, completamente carentes do Deus de toda graça e Pai de muitas misericórdias, que jamais desampara os que suplicam a bênção do seu perdão e da sua presença.

CUIDADO! O GRAVADOR ESTÁ LIGADO



Judiclay S Santos


Francis H. Schaeffer, notável missionário e renomado apologista cristão, expõe de maneira incontestável, a verdade de que um dia todo ser humano haverá de comparecer diante de Deus a fim de prestar contas de sua vida. Para tanto, ele faz alusão ao gravador atado ao pescoço humano.

No grande dia da prestação de contas, haverá um Juiz, mas não jurados; acusação, mas não defesa; sentença, mas não apelo. Nesse julgamento a razão, a consciência e a memória perfilarão os corredores da sala do julgamento e apresentarão as testemunhas contra nós. Francis Schaeffer diz que todo homem tem um gravador atado ao seu pescoço e todo “trabalho” de Deus será apertar a tecla play. Ouviremos todos os juízos morais que fizemos contra os outros serem usados contra nós mesmos.

Para o nosso espanto, a primeira testemunha a depor contra nós no tribunal será as nossas palavras. A Bíblia diz que daremos conta de todas as palavras frívolas que proferimos. O Senhor Jesus afirmou: “Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo”. Mateus 12.31

Desde a entrada do pecado no mundo, o homem se tornou um ser contraditório, incoerente e traidor de si mesmo. Ele não hesita em chamar o político de ladrão, mas também rouba de Deus o que lhe é devido. Está pronto a condenar o mentiroso, mas é flagrado proferindo mentiras e usando vários artifícios para escondê-la. O ser humano é assim, incoerente por natureza. Não suporta que alguém fale mal dele, mas é pego falando mal do seu próximo.

A Bíblia diz que a nossa língua tem um poder destrutivo; é como fogo, que destrói; é como veneno que mata. Lembre-se, que você pode se esquecer do que diz, mas suas palavras estão registradas nos anais da eternidade! Nós todos deveríamos fazer, em verdade e com toda sinceridade, a oração do salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca. Vigia a porta dos meus lábios”. Sl 141.3 As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu! Sl 19.14 Cuidado, o gravador está ligado!