domingo, 31 de outubro de 2010

A "EQUIPE" DE DILMA, PRESIDENTE DO BRASIL

COMO SERÁ O FUTURO DO BRASIL?
COM ESSA TURMA DÁ PARA IMAGINAR!

Com a ajuda de Lula, Collor finalmente conseguiu chegar ao cofre da Petrobras

Por Augusto Nunes

Em outubro de 1990, o presidente Fernando Collor valeu-se de um emissário para induzir a Petrobras a emprestar US$ 40 milhões à Vasp, empresa aérea comprada no mês anterior pelo amigo Wagner Canhedo. Deu tudo errado. Pressionado por Paulo César Farias, o presidente da estatal, Luiz Octávio da Motta Veiga, demitiu-se inesperadamente e denunciou o cerco movido pelo tesoureiro do chefe de governo. O escândalo se transformaria na primeira estação do merecido calvário que desembocaria no impeachment.


Passados 20 anos, o senador Fernando Collor voltou à ação no local do crime não consumado, agora para forçar a estatal a fechar um contrato de R$ 200 milhões com o usineiro alagoano João Lyra, ex-senador e pai de sua cunhada Tereza Collor. Para abrir o cofre que PC não alcançou pela rota dos porões, Collor dispensou-se de cautelas e foi à luta pessoalmemente. Em agosto passado, entrou pela porta da frente, e levando a tiracolo o empresário de estimação beneficiado pela bolada. Desta vez deu tudo certo.


Numa nota publicada em seu blog no site de VEJA, o jornalista Lauro Jardim resumiu o show de atrevimento: “O candidato a governador Fernando Collor exigiu ─ repita-se: exigiu ─ que a diretoria da Petrobras Distribuidora assinasse um contrato de vinte anos para a compra de etanol das usinas de João Lyra. Alguém aí acha que Collor foi posto para fora ? Nada disso. Não conseguiu um contrato de décadas, mas arranjou um de quatro anos, cerca de 200 milhões de reais”.


Nesta semana, o Brasil soube por que Collor se sente em casa na Petrobras Distribuidora: foi ele o padrinho da nomeação de José Zonis para a Diretoria de Operações e Logística. Desde o ano passado, o ex-presidente despejado do Planalto por ter desonrado o cargo não precisa designar algum homem de confiança para missões de grosso calibre na maior das estatais. Tem um representante com direito a gabinete, cafezinho e canetas que assinam contratos com prazos sob medida para a obtenção de empréstimos bancários.


“Isso é uma tremenda maracutaia”, berrou em 1990 Luiz Inácio Lula da Silva, ao saber que Collor tentara favorecer um empresário amigo com dinheiro da Petrobras. Em dólares, a montanha de cédulas capturada em agosto deste ano é equivalente à perseguida sem sucesso há duas décadas. Mas o presidente que abandonou o emprego para virar animador de palanque não viu nada de errado. Os devotos do Mestre aprendem que maracutaia que beneficia companheiros (sobretudo um amigo de infância, patente obtida por Collor) não é maracutaia. É um negócio como outro qualquer.


O que pensa da pilantragem a candidata Dilma Rousseff, sempre com a mão no coldre para defender o símbolo nacional da cobiça dos inimigos da pátria e seus sócios estrangeiros? O neurônio solitário ainda ensaia o que dizer. José Sérgio Gabrielli, ao contrário de Motta Veiga, engole o que vier pela proa para manter o emprego. Não há ofício mais gratificante que prestar serviços à nação numa estatal fora-da-lei. O presidente da Petrobras só saírá do gabinete na traseira de um camburão.


Aparentemente ilógica, a parceria entre os candidatos que trocaram chumbo na guerra suja de 1989 nada tem de surpreendente. Escancarado pela grossura explícita, o primitivismo de Lula pode ser visto com nitidez por trás do falso refinamento de Collor. Escancarado pela arrogância de oligarca, o autoritarismo de Collor é perfeitamente visível por trás do paternalismo populista de Lula. Os dois são, em sua essência, primitivos e autoritários. Nasceram um para o outro.

LUTERO, O CISNE ALEMÃO

Por Judiclay S. Santos

Aos 22 anos de idade, o jovem Martinho Lutero entrou para o monastério de Erfurt. Dois anos depois, na ocasião da sua ordenação, nem Lutero nem qualquer outra pessoa sabia o que esse evento significaria para ele, para a igreja ou para o mundo.

O teólogo britânico, R. C. Sproul faz uma curiosa observação. Cem anos antes da ordenação de Lutero, o reformador da Boêmia, Jan Hus havia sido condenado à fogueira pelo famigerado Concílio de Constança (1415), sob a sentença de “pecado de heresia”. Hus teria dito ao bispo que ordenou a sua execução: “Você pode cozinhar este ganso, mas há de vir um cisne que não será silenciado”. Não era apenas um vaticínio, era um jogo de palavras. Seu nome, Hus, significa ganso na língua Tcheca.

Ao ser ordenado na capela agostiniana em Efurt, Lutero foi deitado com seus braços esticados na forma de cruz na base do altar da capela. Curiosamente, o lugar exato onde Lutero estava deitado, havia uma inscrição no piso de pedra que indica que abaixo do lugar estava sepultado o bispo que ordenara a execução de Jan Hus. Sproul confessa: “É uma grande tentação revisar a História e atribuir ao bispo uma resposta apropriada às palavras de Hus que um cisne surgiria. Gosto de pensar que o bispo respondeu: “Sobre meu cadáver!” De fato, foi sobre seu cadáver que o cisne foi ordenado”.

A Reforma eclodiu na Europa do século 16 por meio de uma conjugação de fatores. Embora tenha tido raízes e implicações políticas, econômicas e sociais, a Reforma foi essencialmente um movimento de retorno à sã doutrina, que propôs expurgar da Igreja doutrinas e práticas contrárias à fé cristã. O fato mais surpreendente é que a Reforma, ansiosamente desejada por muitos, teve o seu marco inicial com o protesto de um anônimo monge agostiniano numa pequena cidade com aproximadamente 3.500 habitantes. Lutero era apenas um ilustre desconhecido na insignificante cidade alemã de Wintemberg.

Graças à sábia providência divina, a Reforma avançou e redesenhou o mundo. O Senhor da Igreja age conforme o conselho de sua soberana vontade e usa os meios necessários para realizar os seus propósitos e manter o seu programa redentor. Lutero reconhece ter sido um vaso de barro. Não obstante as suas fraquezas, Deus o usou para edificar a Igreja do Senhor Jesus. “Não fiz nada. A palavra fez e realizou tudo”, disse o reformador.

Somos gratos a Deus pela vida de Lutero, pois embora tenha sido tão pecador quanto nós, foi um importante instrumento nas mãos do Senhor para promover o evangelho de Jesus Cristo.

sábado, 30 de outubro de 2010

COMO SERÁ O FUTURO DO NOSSO PAÍS?


Por Judiclay S. Santos


O Brasil é um país de beleza singular. A riqueza de sua biodiversidade encanta o mundo inteiro. Temos a maior reserva florestal do planeta e somos detentores do maior reservatório de água doce do mundo. No entanto, a despeito de ter todas as possibilidades para ser uma potencia mundial, uma nação próspera e de oferecer ao seu povo uma boa qualidade de vida, padecemos de males que causam vergonha aos homens de bem.


Como será o futuro do nosso país se ocupamos o 6º lugar no ranking de homicídios, chegando a ter, em média, 50 mil assassinatos por ano, na sua maioria de jovens? Um agravante: “De cada 100 criminosos, apenas 24 são presos, só cinco vão a julgamento e apenas 1 cumpre pena até o fim”. (Revista Veja)


Como será o futuro do nosso país se os que prometem fazer o bem acabam se dando bens? A quantidade de pessoas que assaltam os cofres públicos e permanecem no poder é uma afronta ao trabalhador. Os bilhões arrecadados pela pesada carga tributária deveriam ser revertidos em serviços, mas são desviados pelos larápios do erário público que contam com a certeza da impunidade e a boa memória dos brasileiros que de quinze em quinze anos esquecem o que aconteceu nos últimos quinze anos.


Como será o futuro do nosso país se a riqueza permanece concentrada nas mãos de 1% da população, enquanto 40% vivem na faixa da pobreza? Em matéria de má distribuição de renda, o Brasil só perde para Serra Leoa, um pequeno e inexpressivo país africano. Embora o Brasil seja rico, brasileiros passam fome.


Como será o futuro nosso país se a Igreja Cristã, que tem o papel de ser a consciência moral e a voz profética da nação, apresenta-se socialmente indiferente e inoperante, moralmente frouxa e decadente? A igreja brasileira é espiritualmente fraca, razão pela qual as seitas se proliferam como uma epidemia nascida nos laboratórios do inferno. Falsos profetas torcem a verdade e ludibriam o povo, evidenciando ignorância, ganância e vaidade.

Como dizia o poeta: “Brasil, olha pra cima. Existe uma chance de ser novamente feliz. Brasil há uma esperança! Volta teus olhos pra Deus, Justo Juiz”.

PRECIOSA SÃO AS HORAS NA PRESENÇA DE JESUS

Por Judiclay S. Santos

Pare e pense! Como é que você começa o seu dia? A resposta a essa pergunta pode revelar muito sobre você e sua vida com Deus. No diário do jovem pregador escocês Robert Murray Mc'Cheyne, de 23 de fevereiro de 1834, está escrito: "Levantei-me cedo para buscar a Deus, e encontrei Aquele a quem ama a minha alma. Quem não levantaria cedo para estar em tal companhia?” A prática dessa disciplina espiritual cooperou para que Mc’Cheyne se tornasse um dos gigantes da fé e um dos mais notáveis servos de Deus daquela geração.

Os cristãos, em linhas gerais, sabem o quanto é importante manter a comunhão com o Senhor por meio da oração. Muitos estão conscientes dessa vital necessidade e até se sentem chamados pelo Espírito de Deus a buscá-lo logo de manhã. No entanto, não são poucos os que negligenciam essa santa vocação. Após um dia inteiro de atividades, dormem cansados e fisicamente indispostos a buscar a Deus. Ao acordar, diante dos “afazeres”, não têm tempo para “gastar” com Deus. John Bunyan, conhecido pastor batista do século XVII, dizia que “aquele que foge de Deus de manhã, não o encontrará no restante do dia”. Essa fuga tem sido a causa primária de muitos desastres na igreja, e em particular, na sua liderança. Samuel Rutherford, um dos mais brilhantes puritanos ingleses, faz uma contundente declaração: "um longo período sem a gloriosa presença de Cristo significa duas mortes e dois infernos para mim. Temos que encontrar-nos. Nada sei fazer sem Ele".

Quem não prioriza as preciosas horas na presença de Jesus, sufoca a sua alma com as próprias mãos. Os pais da igreja pensavam na oração como oxigênio da fé, sem a qual não podemos permanecer vivos. No mundo agitado, caracterizado pela pressa, barulho e multidão nosso grande desafio é estar diante de Deus em oração. Que possamos cantar e viver o que Elen Goreh poetizou:

Quão preciosas são as horas Na presença de Jesus!
Comunhão deliciosa, De minh'alma com a luz!
Os cuidados deste mundo Não me podem abalar,
Pois é Ele o meu abrigo Quando o tentador chegar

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

IRMÃOS, NÓS NÃO SOMOS PROFISSIONAIS.

Há livros, cuja leitura é capaz de causar um forte impacto sobre a vida do leitor. IRMÃOS, NÓS NÃO SOMOS PROFISSIONAIS, é uma dessas obras. John Piper prestou um enorme serviço a causa do Reino e a edificação da Igreja. Seu livro é dividido em trinta capítulos, cujo conteúdo é uma série de oportunas exortações que uma vez levadas a sério podem promover significativas mudanças na vida e no ministério de muitos pastores. Trata-se de uma que aborda temas relevantes sob uma perspectiva bíblica e pastoral. Recomendo, com entusiasmo, aos pastores e líderes a fim de que sejam edificados na Palavra e tenha seus corações renovados no objetivo de viver e pastorear para glória de Deus.

Dê uma olhada no sumário e leve em consideração algumas FRASES QUE PROVOCAM A REFLEXÃO.

1. Irmãos, nós não somos profissionais.“Nós pastores, estamos sendo massacrados pela profissionalização do ministério pastoral. A mentalidade do profissional não é a mentalidade do profeta. Não é a mentalidade do escravo de Cristo. O profissionalismo não tem nada que ver com a essência e o cerne do ministério cristão”. Quanto mais profissionais desejamos ser, mais morte espiritual deixaremos em nosso rastro. Pois não existe a versão profissional do “tornar-se como crianças (Mt 18.3); não existe compassividade profissional (Ef. 4.32); não existem anseios profissionais por Deus (Sl 42.1). (p.15)

2) Irmãos, Deus ama a sua glória.O amor de Deus pela glória de seu nome é o manancial da graça e a rocha da nossa segurança”. (p. 22)

3) Irmãos, Deus é amor.Diamantes são valiosos pela sua raridade e pela dificuldade de encontrá-los. Deus é infinitamente valioso, pois é o ser mais raro e não pode ser feito, nem nunca foi criado. (p. 26)

4) Irmãos, vivam e preguem a justificação pela fé.Pregar e viver a justificação pela fé glorifica a Cristo, resgata pecadores desesperados, encoraja santos imperfeitos e fortalece igrejas frágeis. A história testemunha: a pregação dessa verdade, cria, reforma e reanima a igreja. (p. 33)

5) Irmãos, cuidado com a ética do devedor.“A motivação dos cristãos é tão importante quanto seus atos, pois o motivo equivocado arruína as boas ações”. (p.49)

6) Irmãos, diga-lhes para não servirem a Deus.6. A Bíblia está interessada em nos afastar da idolatria do serviço ao Deus vivo e verdadeiro (1 Ts 1.9). Além disso, ela almeja impedir-nos de servir ao Deus verdadeiro da forma errada. (p. 55)

7) Irmãos, considerem o hedonismo cristão.O desejo de ser feliz é a motivação louvável para toda boa obra, e se você desistir de buscar a própria felicidade, será incapaz de amar o ser humano ou de agradar a Deus. (p. 62)

8) Irmãos, vamos orar.Existe uma coisa que Deus ama muito mais do que abençoar o mundo: ele ama abençoar o mundo como resposta de oração. (p. 70)

9) Irmãos, cuidado com os substitutos sagradosO ministério é o pior inimigo de si mesmo. Sua destruição não é causada pelo grande lobo desse mundo. Na verdade, ele se autodestrói. A maior ameaça à nossa oração e meditação na Palavra de Deus é a nossa virtuosa atividade ministerial. (p. 75)

10) Irmãos, lutem por sua vida.A maioria dos nossos irmãos não faz idéia do preço que se paga por duas ou três mensagens semanais em termos de exaustão espiritual e intelectual. (p. 81)

11) Irmãos, vamos indagar o texto.Para alimentar nosso povo é necessário dar continuidade à compreensão da verdade bíblica. Devemos ser como Jonathan Edwards que tomou as decisões na época da faculdade e manteve suas resoluções por toda vida: “Resolvi estudar as Escrituras com tanto afinco, constância e freqüência que serei capaz de perceber claramente meu crescimento progressivo no conhecimento delas”. (pg. 89)

12) Irmãos, Bitzer era banqueiro.Qual será a conseqüência para uma denominação quando o conhecimento do grego e hebraico não é almejado e incentivado no trabalho pastoral? Não se trata apenas de oferecer ou admirar esse conhecimento, mas de estimá-lo, buscá0lo e desenvolvê-lo.

13) Irmãos, leiam biografias cristãs.A biografia cristã é uma forma de o corpo vivo da igreja atravessar os séculos. Essa comunhão entre vivos e mortos é crucial, especialmente para os pastores. (p.105)

14) Irmãos, exponham aos irmãos porque Deus inspirou textos difíceis.O que significa para a vida, a cultura, a história e para a adoração o fato de Deus ter dado ao cristianismo um livro composto de alguns textos tão intelectualmente extenuantes e ainda edificar a igreja por meio deles? (p.113)

15) Irmãos, salvem os santos.
Meu erro foi pensar que somente a salvação dos perdidos dependia da minha pregação, e não a salvação da igreja. (p.121)

16) Irmãos, devemos sentir a verdade do inferno.Mesmo que eu tentasse fazer do “lago de fogo” (Ap.20.15) ou da “fornalha ardente” (Mt 13.42) um símbolo, sinto-me confrontado com o pensamento aterrorizante de que símbolos não são hipérboles da realidade, mas, sim sua descrição suavizada. (p.130)

17) Irmãos, conduzam pessoas ao arrependimento mediante o prazer delas.17. O arrependimento é o primeiro passo espiritual na estrada do Calvário para obedecer a Jesus de maneira radical. (p.135)

18) Irmãos, exaltem o significado do batismo.O povo visível de Deus não é mais constituído pelo nascimento natural, mas pelo novo nascimento e sua expressão por meio da fé em Cristo. (p.150)

19) Irmãos, nossa aflição serve para o conforto deles.As aflições sofridas pela família de Deus procedem do Pai celestial para o nosso bem. (p. 153)

20) Irmãos, deixem o rio se aprofundar.Sempre tive a impressão de que as obras do renomado estudioso britânico do Novo Testamento, Frederick F. Bruce, eram desnecessariamente irrelevantes. Lendo suas memórias, In Restrospect, descobri um dos motivos. Nela, ele faz a seguinte afirmação: “Não gosto de falar, principalmente em público, sobre coisas que significam muito para mim”. Quando alguém exclui o que valoriza de suas obras e conversas, a esterilidade se instala. Quanto a mim, eu diria oposto: “Não gosto de falar, principalmente em público, sobre coisas que não significam nada para mim”.

21) Irmãos, não lutem contra os tanques da carne usando zarabatanas legalistas.O legalista normalmente é uma pessoa de grande moral. (p.169)

22) Irmãos, não confundam incerteza com humildade.De tempos em tempos, pastores são envolvidos em controvérsias por amor à verdade, pelo bem da igreja e para glória de Deus. A controvérsia é algo doloroso, mas necessário. (p. 174)

23) Irmãos, digam-lhes que o de cobre é suficiente.Jesus também disse que quem crê no dinheiro recebido como algo destinado a proporcionar mais conforto pessoal na terra é insensato. O sábio reconhece que todo o seu rendimento pertence a Deus; ele deve ser empregado de modo a deixar claro que Deus, e não o dinheiro, é seu tesouro, seu conforto, sua alegria e segurança. (p. 184)

24) Irmãos ajudem o povo a suportar e ministrem em meio à calamidade.Ore. Peça a Deus para ajudar você e as demais pessoas a quem deve ministrar. Peça sabedoria, compaixão, força e palavra apropriada. Peça que todos os que estejam sofrendo sejam capazes de olhar para Deus e ver nele seu auxílio, esperança, cura e força. E que sua boca seja como uma fonte de vida. (p. 190)

25) Irmãos, transmitam-lhes a paixão divina por missões.Podemos ser os que vão, os que enviam ou os que desobedecem. Mas ignorar a causa não é uma opção cristã. ( p. 212)

26) Irmãos, cortem a raiz do racismo.Independente de sua avaliação sobre a vida e a estratégia da ação não violenta de Luther King, ele articulou e simbolizou um grande sonho ainda não realizado. E uma das tarefas do ministério pastoral é transformar esse sonho em uma visão bíblica de Deus – um propósito mundial, e então chamar a igreja para fazer parte consciente disso também. (p. 219)

27) Irmãos, soem a trombeta pelos nascituros.Venho pregando sobre o terrível pecado e a injustiça da realidade do aborto e sobre a glória da causa da vida, pelo menos uma vez por ano na igreja. (p. 225)

28) Irmãos, concentrem-se na essência de adoração, não na forma.Uma das razões que levaram os puritanos a chamar as igrejas de “casas de reunião” e manter o estilo simples foi o desejo de desviar a atenção do lugar físico para o interior – a natureza espiritual da adoração.

29) Irmãos, que cada um de vocês ame sua mulher.Ah, como é crucial que o pastor ame a sua esposa. Esse amor traz alegria e estímulo para a igreja. Faz dessa união estímulo para outros casais. Sustenta a honra do ofício dos presbíteros. É uma bênção para os filhos, pois propicia a eles um abrigo amoroso. Manifesta o ministério do amor de Cristo pela igreja. Evita que as orações sejam interrompidas. Alivia os fardos do ministério. Protege a igreja dos escândalos devastadores. E satisfaz a alma à medida que encontramos nossa alegria em Deus enquanto buscamos na alegria da pessoa amada. Isso não é irrelevante meus irmãos. Amar o cônjuge é essencial para o ministério. É um ministério. (p.259)

30) Irmãos, orem pelos seminários.Não se pode enfatizar exageradamente a importância do seminário na formação teológica e espiritual de igrejas, denominações e instituições missionárias. Porém, o tom das aulas e dos professores exerce profunda influência no tom do púlpito. (p. 273) Gerações de fiéis estão em risco. Portanto, que eles sejam o motivo da nossa oração. (p. 278)
O referido livro, IRMÃOS, NÓS NÃO SOMOS PROFISSIONAIS, é publicado pela Shedd Publicações e pode ser adquirido pelo site: http://www.vidanova.com.br/ Vale apena você ler!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A ABADIA, A CATEDRAL E A CAPELA DE WESTMINSTER.



Por Judiclay S. Santos
Certa vez, ao conversar com um amigo que havia morado em Londres e tinha retornado ao Brasil, perguntei se ele tinha visitado a Capela de Westminster, (onde por décadas o notável pregador galês, Martin Lloyd Jones exerceu poderosa influencia por meio da pregação expositiva). Para minha surpresa, ele me disse que a Capela de Westminster agora era praticamente um ponto de visitação turística, uma espécie de museu da fé. Não havia, segundo ele, cultos regulares, mas apenas celebrações especiais e cerimônias oficiais da coroa inglesa. Ficou evidente que ele estava confundido, a Capela de Westminster, com a Abadia de Westminster. Tal como aconteceu com esse amigo, outros podem cometer o mesmo equívoco. Alguns se referem à Capela como sendo a Catedral de Westminster.

A Abadia, a Catedral e a Capela de Westminster são três edifícios distintos na cidade de Londres. Uma das razões pelas quais propus escrever este artigo é esclarecer que existe uma real e profunda distinção não apenas na história dessas três igrejas, mas, sobretudo em sua teologia e prática (As três igrejas são, na seqüência, Anglicana, Católica e Evangélica).
Em uma recente viagem a Inglaterra, tive a oportunidade de visitar essas três diferentes igrejas e constatar ao vivo e a cores, o que sabia por meio dos livros. Permita que eu compartilhe com você um pouco dessa história.

A ABADIA DE WESTMINSTER




A Abadia de Westminster é um templo anglicano, considerada por muitos, a Igreja mais importante de Londres. A igreja atual, iniciada por Henrique III em 1245, é um dos mais importantes edifícios góticos da Inglaterra.
SÍNTESE HISTÓRICA
Há registros de que o primeiro local de culto onde hoje se encontra a Westminster Abbey foi fundado no ano 616. A data oficial de fundação é o ano de 960, quando São Dunstan da Cantuária fundou no local uma comunidade de Monges Beneditinos. No entanto, só entre os anos de 1045 e 1050 é que foi construída a abadia em pedra pelo Rei Eduardo, o Confessor. A Abadia foi consagrada em 28 de dezembro de 1065.

O Rei Henrique III modificou a Abadia, adoptando um estilo gótico Anglo-Francês, mas as obras só terminaram no reinado de Ricardo II.
Em 1534, Henrique VIII aprova o Ato de Supremacia pelo qual separa a Igreja de Inglaterra da Igreja Católica e entre 1538 e 1541 levou a cabo a Supressão dos Mosteiros em Inglaterra, Gales e Irlanda, confiscando as suas propriedades.
Durante o Reinado da Católica Maria I, a Abadia foi devolvida aos Beneditinos que voltaram a ser expulsos durante o reinado de Isabel I. Esta transformou-a na Colegiada de São Pedro, diretamente dependente da Coroa e não do Bispado, sendo assim uma Royal Peculiar.
As duas torres da abadia foram erguidas entre 1722 e 1745 e projetadas por Nicholas Hawksmoor. Até ao século XIX a Abadia era o terceiro estabelecimento de ensino superior em Inglaterra, após Oxford e Cambridge. Nesta Abadia foi concretizada a tradução de parte da King James, a Bíblia do Rei James.
Ao longo dos séculos tem tido um papel relevante na história da Inglaterra e do Reino Unido, como palco de inúmeras coroações e casamentos reais. Ali também estão sepultados 17 monarcas ingleses e muitos membros da família real. Além da realeza, algumas personalidades destacadas no meio ciêntífico e cultural obtiveram a honra de serem enterradas na abadia, como foi o caso de Geoffrey Chaucer, David Livingstone, William Shakespeare e Alexander Pope. Logo a prática de honrar ilustres britânicos se tornou um costume. Também foram sepultados lá, Sir Isaac Newton e Charles Darwin. Curiosamente, há mais de 3.000 pessoas sepultadas na igreja e mais de 600 monumentos e memoriais.


A ASSEMBLÉIA DE WESTMINSTER

A Abadia de Westminster é muito especial para os reformados, pois foi ali que uma das principais Confissões de Fé foi elaborada. Encorajados pelos puritanos ingleses, que sonhavam por uma reforma profunda na Igreja da Inglaterra, a fim de ter uma forma de governo, doutrinas e cultos mais puros, o parlamento convocou a Assembléia de Westminster, composta de 121 dos mais capazes pastores da Inglaterra, 20 membros da Casa dos Comuns e 10 membros da Casa dos Lordes. Todos os 121 teólogos eram ministros da Igreja da Inglaterra, na sua maioria, calvinistas.
A Assembléia se reuniu na Abadia de Westminster, em Londres, a partir de 1º de julho de 1643. Os trabalhos se estenderam por cinco anos e meio, durante os quais houve mais de mil reuniões do plenário e centenas de reuniões de comissões e subcomissões.

A Assembléia de Westminster caracterizou-se não somente pela erudição teológica, mas por uma profunda espiritualidade. Gastava-se muito tempo em oração e tudo era feito em um espírito de reverência. Cada documento produzido era encaminhado ao parlamento para aprovação, o que só acontecia após muita discussão e estudo. Os chamados “Padrões Presbiterianos” elaborados pela Assembléia foram os seguintes:

• Diretório do Culto Público: concluído em dezembro de 1644 e aprovado pelo parlamento no mês seguinte. Tomou o lugar do Livro de Oração Comum. Também foi preparado o Saltério: uma versão métrica dos Salmos para uso no culto (novembro de 1645).
• Forma de Governo Eclesiástico: Concluída em 1644 e aprovada pelo parlamento em 1648. Instituiu a forma de governo presbiteriano em lugar da episcopal, com seus bispos e arcebispos.
• Confissão de Fé: concluída em dezembro de 1646 e sancionada pelo parlamento em março de 1648.
• Catecismo Maior e Breve Catecismo: concluídos no final de 1647 e aprovados pelo parlamento em março de 1648.

Para consulta mais detalhada sobre a Assembléia de Westminster, o texto do Dr. Alderi de Souza matos é muito útil. Acesse: http://www.mackenzie.com.br/7121.html

O MUSEU E OS CULTOS NA ABADIA

A Abadia recebe turista de todo mundo, de fato é um centro turístico muito visitado. Existe um rico Museu instalado na galeria subterrânea da abobadada magnífica sob o dormitório dos monges antigos. Esta é uma das áreas mais antigas da Abadia. Longe do que ouvi dizer, pelo que vi e, segundo o site oficial da Westminster Abbedey, “Cada domingo, cinco sermões separados são entregues na Abadia de Westminster ou St Margaret's (A Igreja de Santa Margarida que fica entre a Abadia e as casas dos Parlamentos, comumente chamada de “igreja paroquial da Casa dos Comuns). O clero da Abadia e seus ilustres convidados pregadores abordam questões teológicas e eventos em foco no mundo. Por ser a principal igreja da Inglaterra, suas atividades são diferenciadas “A vida da Abadia de Westminster gira em torno do padrão diário de adoração, oração da manhã, Vésperas e Eucaristia. Além disso, a Abadia abriga uma série de serviços durante todo o ano para marcar os aniversários e ocasiões especiais na vida da nação.
CATEDRAL DE WESTMINSTER

A Catedral de Westmister é um templo Católico e uma das igrejas mais visitadas da Inglaterra. Pessoas do mundo inteiro visitam essa famosa igreja no coração de Londres. Esse fluxo de pessoas se dá por vários motivos. Embora a razão principal seja a crença religiosa – ali são realizadas sete missas por dia, existem outras razões. Isso inclui o fascínio que o edifício exerce sobre os amantes da arquitetura e da arte. De fato o prédio revela uma grande exuberância arquitetônica. Ao visitar o interior da Catedral, o turista fica impressionado com os mosaicos e o mármore fino. As catorze estações da Via Sacra, de autoria do escultor Eric Gill, são mundialmente famosas. A torre, com seus 60 metros de altura testifica a singularidade do edifício.

SÍNTESE HISTÓRICA

O Sítio onde hoje está situada a Catedral era originalmente conhecido como Bulinga Fen e fazia parte do pântano em torno de Westminster. Foi recuperado pelos monges beneditinos que eram os construtores e proprietários da Abadia de Westminster e, posteriormente, utilizado como um mercado e feira.

No século 17 uma parte do terreno foi vendido pela Abadia para a construção de um presídio que foi demolido e substituído por um complexo penitenciário em 1834.

O local foi adquirido pela Igreja Católica em 1834, na pessoa do Cardeal Manning. Dez anos depois, o Cardeal Herbert Vaughan, o terceiro arcebispo de Westminster, escolheu e contratou os serviços de John Francis Bentley (1839-1902) um dos mais celebrados arquitetos vitorianos.

Com o propósito de fazer um excelente projeto de construção, Bentley passou quatro meses no exterior e visitou algumas das mais famosas catedrais bizantinas. Buscou inspiração na Hagia Sophia, na San Vitale em Ravenna e de São Marcos, em Veneza. Em Roma, foi recebido em audiência privada pelo Papa Leão XIII, que concedeu uma bênção especial sobre o arquiteto e sua grande tarefa de projetar “uma catedral digna no coração de Londres”.

A pedra fundamental foi lançada em 1895 e a estrutura do edifício foi terminada oito anos depois. Existem muitas datas significativas na história da Catedral. Em 1912 sediou o Congresso Eucarístico, que contou com a presença de 7 cardeais, 131 bispos e 4.000 sacerdotes. Em 1982 recebeu a visita do Papa João Paulo II. Um acontecimento inédito ocorreu em 1995, a visita de Sua Majestade a Rainha durante as celebrações do centenário. Primeira participação de um soberano em uma liturgia católica romana. No corrente ano, o Papa Bento XVI, em sua estada no Reino Unido, visitou a Catedral.

Com a colocação da primeira pedra, em Junho de 1895, a Catedral foi dedicado ao Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, à sua Mãe Santíssima, seu pai adotivo, São José e São Pedro, seu vigário. Há patronos secundários, também: Santo Agostinho e todos os santos britânico, St Patrick e todos os santos da Irlanda.


Na porta da Catedral, uma frase em latim ecoa a maior necessidade do ser humano: Domine Jesu Redemptor REX ET POR NOS SALVA sanguinem tuum .(Senhor Jesus, Rei e Redentor, salva-nos com o teu sangue)

Creio que o precioso e suficiente sangue de Cristo pode salvar o pecador dos laços da religião do mérito, da justiça própria, das obras como meio de salvação, da idolatria e do paganismo.

CAPELA DE WESTMINSTER
Uma das maiores emoções que experimentei na Inglaterra foi visitar a Westminster Chapel. Sou eternamente grato a Deus pela oportunidade de conhecer a igreja onde o notável Martin Lloyd Jones exerceu um dos mais influentes ministérios do século 20. Ainda hoje, vinte e nove anos depois de sua morte, Lloyd Jones continua exercendo uma benéfica influência, em particular sobre a vida de pastores de várias partes do mundo. O seu legado consiste não apenas do seu riquíssimo acervo de livros e mensagens, mas, sobretudo do seu testemunho pessoal do que significa ter autoridade espiritual, zelo pela Palavra e paixão pela glória de Deus. A biografia de Lloyd Jones está intimamente ligada a história da Capela de Westminster.

SÍNTESE HISTÓRICA


A história da Capela é uma ilustração viva da sábia providência divina e da majestosa soberania de Deus. Um pequeno grupo de 22 cristãos, fundou a Capela em maio de 1841, no bairro de Buckingham Gate. O primeiro ministro da Capela de Westminster foi o pastor Samuel Martin, que conduziu a igreja numa série de ações sociais no bairro, à época uma região muito pobre. Casas e escolas foram construídas, muitos órfãos foram atendidos e organizações para homens desempregados foram criadas para qualificar e encaminhar pais de família para o mercado de trabalho. Tais ações chamaram atenção da liderança cristã em Londres bem como da opinião pública. Em pouco tempo, a Capela, projetada para 500 pessoas seria insuficiente para atender a quantidade de pessoas freqüentavam os seus cultos.

Uma nova construção, com capacidade para 1.500 lugares foi projetada e construída. Sua inauguração foi em 1864 sendo o mesmo edifício até hoje. A igreja estava vivendo dias memoráveis e um derramamento especial da graça de Deus era perceptível.

No entanto, os primeiros anos do século 20 revelaram-se um tempo de provação para a igreja. Após a morte de pastor Samuel Martin, em 1878, a congregação ficou sem liderança e sem direção clara durante algum tempo. Inclusive havia rumores de venda do local para construir pequenos edifícios em Londres, já que muitos deixaram a Igreja. Foi quando a sábia mão da providência se revelou.

No ano de 1904 um pregador Gloucestershire, o talentoso professor, o Dr. George Campbell Morgan assumiu o pastorado da Capela. A igreja cresceu muito sob a sua liderança. Uma multidão se reuniu e encheu o prédio mais uma vez. A igreja estava envolvida em missões no exterior, ação social, formação dos jovens, homens e mulheres, e tinha uma excelente e bem freqüentada a Escola Bíblica.

Book Shop da igrejaAo perceber que estava na hora de encerrar o seu ministério, o Dr. Morgan encontrou na pessoa do Dr. David Martin Lloyd Jones, um assistente e mais tarde um notável sucessor. O Martyn Lloyd-Jones, chegou à capela em 1938, pouco antes do início dos dias sombrios da Segunda Guerra Mundial. Ali permaneceria por mais de três décadas. Ele carregou o legado do Dr. Morgan, falando com a lógica irresistível e profunda percepção, sob o poder do Espírito Santo, sua pregação era “lógica em fogo”. Com uma profunda convicção bíblica, orava pedindo a Deus um reavivamento. Lloyd Jones entendia que a proclamação do Evangelho era a única esperança do homem nesses tempos turbulentos. Suas exposições bíblicas do Sermão da Montanha, das cartas de Paulo aos Efésios e aos Romanos, juntamente com muitas outras séries de mensagens estão em circulação em todo mundo, chegando aos milhões de exemplares. Lloyd Jones foi um dos maiores pregadores de língua inglesa de todos os tempos.

Com a sua aposentadoria em 1968, o pastor J. Glyn Owen assumiu o pastorado da Capela por um breve período de três anos. Seu sucessor, foi um pastor evangélico americano, Dr. RT Kendall. Desde a sua adesão em 1977, exerceu um pastorado de grande influência através da pregação. Publicou mais de quarenta livros e milhares de gravações que brotou do seu ministério fiel de 25 anos.

Com a aposentadoria do Dr. Kendall, em 2002, o Rev Greg Haslam assumiu o pastorado da Capela e ali permanece até hoje, anunciando o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.

Quando o pastor George Campbell Morgan pregou o seu último sermão na Capela de Westminster ele fez uma preciosa declaração. Ele disse ao seu rebanho que estava saindo, mas a presença de Deus continuaria entre eles. Naquela manhã de domingo, ao participar daquele memorável culto reconheci o Dr. Morgan estava certo. Ao visitar a Capela de Westminster fui grandemente edificado e pude perceber a presença do Senhor entre aqueles irmãos. Soli Deo Gloria!