quinta-feira, 27 de maio de 2010

A TERÇA PARTE DO ICEBERG.

Um exame sobre o conflito dos homens.


Caros amigos sou assíduo leitor e profundo admirador do Dr. Martyn Lloyd Jones, um dos mais notáveis expositores bíblicos que já existiu. Quem conhece as suas obras sabe do que estou falando. Já tive a oportunidade de ler dezenas de seus livros, a maioria deles publicados pela editora PES, cujo serviço ao povo de língua portuguesa é imensurável. Estou relendo o sétimo volume (O Combate Cristão) da série de exposições na Carta aos Efésios, uma jóia de grande valor.

Segue abaixo, um estrato do segundo capítulo, pp. 27-28.

A IRREFUTÁVEL ANÁSILE DOS CONFLITOS HUMANOS.

Interessei-me recentemente em ler uma resenha de parte da autobiografia de um bem conhecido escritor moderno, um escritor cético e irreligioso, Leonard Woolf. A resenha foi escrita por outro cético literário, Kingsley Martin. Mas o resenhista, não obstante, tinha chegado à conclusão de que o problema com toda esta escola a que pertence Leonardo Wolff é apenas este, que não enxergam que, no principal, o homem é irracional. Ele usou o que me pareceu uma ilustração muito boa. “O que Leonard Woolf e todos os seus companheiros, tais como Bertrand Russell e outros, nunca puderam captar isto”, disse ele, “que o homem é uma espécie de iceberg”. Acima da água fica certo volume, talvez cerca de um terço, que pode parecer muito branco, no entanto abaixo da superfície ficam dois terços fora de vista, nas profundezas, na escuridão.

Escritores como Leornard Woolf, diz Kingsley Martin, não compreenderam que o homem é dominantemente irracional. O que ele quer dizer, naturalmente, é que o homem não é governado por sua mente, por seu intelecto, por seu entendimento, e sim por seus desejos, ímpetos é instintos, por aquilo que os psicólogos chamam “impulsos”. Estas são as coisas que controlam e dominam o homem; e o problema que confronta o mundo na era presente é o desses “impulsos” instintivos.

Pode-se ver isso tudo no plano nacional e internacional, como também no caso do indivíduo; e isto torna tão infantilmente ridículas todas as afirmações otimistas sobre alguma organização mundial, de que iria eliminar a guerra. A guerra é pura loucura, de qualquer ponto de vista.É desperdício de dinheiro, é desperdício de vidas, é uma maneira infantil de resolver contendas e problemas. Como se pode resolver um problema do governo ou qualquer outro problema simplesmente matando-se uns aos outros? Eu repito, a guerra é pua doidice; não há nada que se possa dizer em seu favor. Então, por que as nações brigam se preparam para a guerra? A resposta é que não são governadas por suas mentes e intelectos, mas pelos dois terços que estão debaixo da superfície, a parte do iceberg que não se vê – ambição, avareza, orgulho nacional, desejo de posse e desejo de tornar-se cada uma maior do que as outras. São sempre estas coisas que causam as guerras.

De onde vem as guerras e peleja entre vós? , indaga Tiago. Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?”Tg 4.1 Esse é um fato, quanto a indivíduos e quanto a nações; e desde que é um fato, segue-se que nada, senão aquilo que possa lidar com estes dois terços poderosos e ocultos, pode realmente providenciar um remédio para a situação. O evangelho reivindica que ele, e só ele, pode fazê-lo. Não há nenhuma outra coisa que possa.

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