quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A ORAÇÃO TOCA A ETERNIDADE


A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está desviando-se. O púlpito pode ser uma vitrine onde o pregador exibe seus talentos. Mas, no aposento da oração, não temos como dar um jeito de aparecer.


Embora a igreja seja pobre sob muitos aspectos, é mais pobre ainda na questão da oração. Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; muitos pastores, mas pouco fervor; muitos temores, mas poucas lágrimas; muitas que interferem, mas poucas que intercedem; muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha.


Os dois requisitos básicos para se ter uma vida cristã vitoriosa são visão e fervor. Ambos nascem da oração e dela se nutrem. O ministério da pregação é de poucos; o da oração – a mais importante de todas as atividades humanas – está aberta a todos. Porém, as “criancinhas” espirituais comentam sem o menor constrangimento: “Hoje, não vou à igreja. É dia da reunião de oração”.


É bem possível que Satanás não tema grande parte das pregações de hoje. Mas a experiência do passado leva-o a arregimentar todo o seu exército infernal para lutar contra o crente que ora. Os crentes de hoje não têm muito conhecimento da prática espiritual de “ligar e desligar”, embora essa responsabilidade nos tenha sido delegada por Deus: “O que [tu] ligares na terra...” Você tem feito isso? Deus não desperdiça seu poder. Se quisermos ser poderosos na obra Dele, temos que ser poderosos com Ele.


O segredo da oração é orar em secreto. Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. O fato é que somos pobres, mas não humildes de espírito.


A oração é profundamente simples e, ao mesmo tempo, profunda. “É uma forma de expressão tão simples que até uma criancinha pode exercitá-la”. Mas é igualmente tão sublime que ultrapassa os recursos da linguagem humana, e esgota seu vocabulário. Lançar diante de Deus uma torrente de palavras não irá, necessariamente, impressioná-lo ou comovê-lo. Uma das mais significativas orações do Velho Testamento foi feita por uma pessoa que não pronunciou palavras: “Seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma” (I Samuel 1:13) De fato, ela não tinha grandes dons de oratória. Sem dúvida, existem “gemidos inexprimíveis”.


Não se pode negar que a maior preocupação da igreja de hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento.


Hoje, damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.Em nossos dias, são muito poucos os que estão dispostos a assumir a responsabilidade de orar inspirados pelo Espírito, e para esse tipo de oração não há substitutos. Temos que orar, senão perecemos!


Por Leonard Ravenhill

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